Por Magno Urbano
A Apple acaba de actualizar a sua linha de iMac.
Todos os computadores iMac que, há menos de um ano, tinham sido actualizados dos antigos processadores PowerPC G5 para os novos (na altura) processadores Intel Core Duo, receberam nova actualização, desta vez para os, novíssimos, processadores Intel Core 2 Duo.
Os novos processadores Intel Core 2 Duo representam um avanço, em todos os níveis, em relação à linha anterior. Entretanto, para poder perceber o porquê, é preciso conhecer a evolução histórica dos processadores Intel, a qual resumimos, de seguida.
Historicamente, a indústria de computadores dividiu-se em dois segmentos: o de computadores pessoais e o de computadores profissionais e científicos (supercomputadores, ou quase…).
No segmento dos computadores pessoais, a indústria, representada por empresas como a Intel e AMD, por exemplo, seguiam a ideia de que era preciso aumentar sempre a velocidade dos processadores para conseguir melhores desempenhos. Entretanto, aumentar a velocidade de funcionamento dos chips ocasiona vários problemas indesejados, como, aquecimento e consumo elevado de energia e interferência electromagnética entre as partes do circuito. Problemas, como estes, inviabilizaram o avanço da tecnologia e, por isso, vimos o fim do Pentium IV, antes de conseguir atingir os 4 GHz.
Do outro lado da indústria, empresas como a Sun, DEC, Cray e Silicon Graphics, estavam interessadas em conseguir melhores desempenhos pelo acréscimo de mais processadores e pelo projecto de sistemas onde vários chips tivessem papéis de importância e, não só, deixar o processador principal fazer tudo.
Ao criar o Core Duo (antigo processador usado no iMac) e, antes disso o Pentium 4 Hyperthreading, a Intel começou a abandonar a ideia da velocidade e aderir à ideia do processamento em paralelo. Entretanto, o Core Duo ainda trazia alguns resquícios da antiga tecnologia do Pentium IV, eliminados, agora, com o Core 2 Duo (novos processadores do iMac).
Os novos iMac Core 2 Duo, são 50% mais rápidos que os anteriores e consomem muito menos energia.
Se considerar que o sistema operativo da Apple, o Mac OS X é, actualmente, o mais rápido, o mais moderno e o mais estável sistema existente, pode deduzir o que esperar desses novos iMac.
Para além de mudarem os processadores, a Apple incluiu um novo modelo, gigante, de 24 polegadas. Então, a linha agora conta com três modelos: 17, 20 e 24 polegadas.
Os preços de todos os modelos de iMac foram mantidos, à excepção do iMac de 17″, que teve o seu preço reduzido para 999 dólares.
Entretanto, deve observar que o modelo de 17″ não vem acompanhado do comando à distância, que deve ser comprado à parte por 29 dólares e, sem o qual, o FronRow (programa que permite ver fotos, vídeos e ouvir música nos Mac) é, praticamente, inútil.
Por cá, em Portugal, temos alguns problemas, inconcebíveis, como:
- o preço exorbitante praticado pelos revendedores em Portugal, que vendem, por exemplo, por 799 euros, um Mac Mini que, ao público, nos EUA, custa 599 dólares (465 euros) e que, para revenda, deve custar, no máximo, 450 euros com os impostos e portes incluídos;
- a lentidão extrema em responder à velocidade de lançamento dos produtos. Até hoje, ainda não temos, por cá, os novos Mac Pro, que, na Espanha existe em cada esquina, há séculos.
Portanto, vamos aguardar, pacientemente, pela chegada dos novos iMac por cá e observar o que acontece aos seus preços.Lembramos que a Apple manteve o preço do modelo de 20 polegadas e reduziu o preço do modelo de 17 polegadas.
Será que os preços em Portugal vão seguir estas variações?
Quem viver, verá!
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