por Magno Urbano
(continuação… clique aqui para ver a parte 1)
Paul Graham descreve como, a seu ver, a Microsoft está completamente perdida e equivocada, em tudo o que ela faz, que acaba por resultar em falhanços catastróficos. Continua a escrever o autor, que ninguém na indústria tem mais medo da Microsoft, pois ela não consegue competir com nenhuma empresa já que, como empresa monopolista, está acostumada com o comodismo de uma operação sem qualquer concorrência.
A tradução do texto de Paul Graham é, basicamente, a seguinte:
“
Há alguns dias percebi, repentinamente, que a Microsoft estava morta. Estava a conversar com o fundador de uma nova empresa, sobre como o Google era diferente do Yahoo de início. Então, mencionei como o Yahoo foi impulsionado, de início, pelo medo que tinha da Microsoft. Lembro-me de que o medo fez o Yahoo rotular-se como “uma empresa multimédia” em vez de “uma empresa tecnológica”, apenas para não atrair a atenção da Microsoft. Ao terminar de dizer isso, percebi que ele não havia percebido o que eu tinha falado. Era como se eu tivesse dito o quanto as gajas gostavam de Barry Manilow nos anos 80. Barry quem?
Microsoft? Ele não disse nada, mas percebia-se que não acreditava que alguém pudesse ter medo da Microsoft.
A Microsoft lançou uma sombra sobre o mundo do software durante quase 20 anos, a partir do início dos anos 80. Lembro-me de que, antes da Microsoft, a IBM era o grande gigante. Apesar de nunca ter utilizado software da Microsoft, sempre fui afectado, indirectamente, no spam que recebia, por exemplo. Nunca prestei muita atenção à Microsoft e, por isso, não apercebi-me do desaparecimento da sombra. Mas agora que resolvi observar vejo que, de facto, desapareceu. Ninguém tem mais medo da Microsoft. Obviamente, ainda continuam a obter milhões e milhões de lucro, assim como a IBM ainda o faz. Entretanto, são agora inofensivos.
Quando foi que a Microsoft faleceu e porque isso ocorreu? Eu sei que eles pareciam mais perigosos do que de facto eram, no final de 2001, pois escrevi um texto, na altura, sobre isto. Penso que a morte deu-se em 2005. Quando fundei uma empresa chamada Y Combinator, lembro de que a Microsoft não estava na nossa lista de preocupações. De facto, nem os convidámos para a demonstração que fizemos a vários investidores. Convidámos o Google, o Yahoo e outras empresas, mas nem sequer lembrámos de convidar a Microsoft. Aliás, eles nem chegaram a nos enviar nenhum email. Vivem num mundo à parte.
O que causou a morte da Microsoft? Penso que foram quatro coisas.
A mais óbvia é o Google. Só pode haver um gigante na cidade e o gigante é o Google que aliás é hoje a companhia mais perigosa - tanto no bom como no mau sentido da palavra.
“
clique aqui para ler a última parte (parte 3/3)
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