por Magno Urbano
Depois de uma tentativa falhada de comprar o Yahoo! por um valor inferior ao valor de mercado, a Microsoft tenta, de todas as maneiras, obrigar o Yahoo a aceitar a sua oferta de compra. Desta vez, resolveu dar um prazo de três semanas ao Yahoo! para que aceite a venda pelo valor oferecido. Em caso de nova recusa, ameaça a Microsoft, será feita uma operação de compra maciça de acções na bolsa de valores, até a obtenção da posição majoritária com direito a voto, quando então poderá obrigar o Yahoo a aceitar a venda, provavelmente por valor inferior.
Para perceber a questão, precisamos de recuar até 1996, quando a web estava a descolar, altura na qual a Microsoft afirmou que não tinha qualquer interesse de investir na Internet, por considerar que este meio não tinha qualquer possibilidade de progresso e que, portanto, não valia qualquer esforço de energia. Ao fazer isso, a Microsoft deixou livre o cenário da internet para quem quisesse se aventurar. E assim foi.
Com o passar do tempo dois estudantes da universidade de Stanford, um russo chamado Sergey Brin e um americano chamado Lawrence (”Larry”) Page, resolveram criar um motor de buscas baseado num novo conceito de leveza, simplicidade e relevância, fundando assim uma pequena empresa de dois funcionários chamada Google.
Num mercado com livre concorrência (pois a Microsoft não estava em cena), o Google pôde crescer e, em pouco tempo, assumir a liderança dos motores de busca, seguido do Yahoo! que já existia antes do Google, criado segundo o conceito de informação organizada em categorias.
Sendo estas duas empresas, Google e Yahoo, os líderes dos motores de busca na web, era claro que possuiam as páginas mais visitadas do planeta (como ainda é até hoje). Assim, começaram a idealizar maneiras de capitalizar o investimento, com a colocação de anúncios nos seus sites e, em pouco tempo, tinham obtido receitas milionárias mensais e começavam a dar lucro, tendo o Google conseguido obter receitas dezenas de vezes maiores que o Yahoo!
Como a Microsoft é uma empresa essencialmente interessada em ganhar dinheiro apenas, tendo muito pouco interesse em desenvolver programas ou sistemas que não lhe possam dar lucro imediato e directo, começou a invejar os lucros e a posição de destaque do Google e do Yahoo! no mercado e no cenário internacional, obtido também por causa do enorme crescimento de importância da internet no mundo. Além disso, com o Google e com o Yahoo! na liderança cabia à Microsoft uma terceira posição ou talvez até pior, o que era inadimissível para os planos de megalomania desta empresa.
(continua…)
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